5 coisas que aprendi ao entrar em um consórcio de imóveis




Depois que entrei no grupo do consórcio, confesso que em alguns momentos acabei me arrependendo, pensando se ter financiado não teria sido um melhor negócio.

Então resolvi compartilhar com vocês um pouquinho da experiência que tive nessa longa jornada até pegar minha chave e que talvez possa servir de dica para quem esteja pensando em fazer a mesma coisa.


1. Você pode mudar de ideia ao longo do tempo




Desde 2018 eu já pensava muito em ter meu próprio imóvel mas ainda não tinha a pressa em me mudar. Então achei que entrar para um grupo de consórcio seria um bom negócio pois aos pouquinhos estaria pagando meu futuro apartamento com bastante calma até o momento em que seria contemplada por sorteio ou por lance quando achasse que tivesse uma quantia legal.

Porém as circunstâncias da vida (tipo fretado todos os dias, stress, cansaço extremo, dor nas costas e pouca qualidade de vida) acabaram me pressionando para agilizar essa mudança. E aí foi bastante sofrido até eu conseguir juntar um valor e atingir a porcentagem ideal para ser contemplada por lance. 
Levou muito mais tempo do que eu havia planejado mas confesso que foi emocionante o dia em que vi minha cota na lista dos contemplados...

2. A porcentagem do lance é dada em cima do valor montante final da sua cota e não da sua carta de crédito




Fique muito atento nesse detalhe. Ele fará toda a diferença caso você acredite ter um valor suficiente para dar de lance. 
A taxa administrativa é levada em consideração nessa porcentagem, viu? Nem sempre isso fica muito claro quando você vai contratar o serviço. Então considere o valor total do consórcio contratado e veja se seu pé de meia ainda atinge essa porcentagem. E claro, tire todas as suas dúvidas com o gerente do banco antes de tomar sua decisão.

3. As parcelas variam e aumentam com a correção do INCC, mesmo depois de você ter sido contemplado




Diferentemente do financiamento, que a parcela vai amortizando, consórcio é o contrário.
É um grupo de consórcio, lembra?
Então ao longo dos anos o valor da carta vai sendo corrigido e a parcela aumenta proporcionalmente à correção do INCC para que todos do grupo possam comprar o imóvel com a valorização correta, senão seria injusto.
Claro que se você for contemplado por lance e optar utilizar seu lance para reduzir o valor das parcelas em vez de encurtar os anos de dívida, já vai aliviar muito pra você. Como eu entrei em um grupo em andamento, as parcelas iniciais estavam bem altas. Então após ter sido contemplada por lance,  optei por baixar o valor das parcelas e suavizou muito, afinal surgem as outras contas pra somar nesse rolê... Conta de luz, gás, água, internet, condomínio... #chateada
Mas independente disso, as parcelas sempre vão aumentar um pouquinho com a correção.

4. Alguns imóveis podem não passar quando o proprietário tem dívidas




Bom... Sobre isso, aconteceu comigo uma coisa muito zoada (rindo de nervoso).
Eu tinha encontrado o imóvel perfeito pra mim e quando fui iniciar a negociação, o corretor do imóvel acabou me explicando que eu não poderia comprar o imóvel por carta de consórcio.
A dona do imóvel estava com uma dívida altíssima (e ABSURDA) de condomínio e não passaria na vistoria, porque ela precisaria quitar essa dívida para passar o imóvel pra frente. Ou seja, se eu tivesse financiado, eu daria de entrada um valor que cobriria essa dívida dela, ela ficaria em dia com o condomínio e eu compraria o apartamento. Mas como meu pagamento seria feito por valor integral do imóvel utilizando a carta do consórcio, foi total fail. #dontdreamitsover

5. Mas o consórcio ainda é uma boa escolha para cenários como:

Você quer comprar o imóvel um dia mas não está com pressa nenhuma.
(Não foi o meu caso, então acabou levando muito mais tempo do que eu achei que levaria)

Ou se você está com pressa e você já tem um bom pé de meia guardado e é suficientemente alto para cobrir a porcentagem da média de lances contemplados nas assembléias daquele grupo.



0 comentários